sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Olha!

Na galha que balançou do coqueiro
Eu senti o cheiro que tu me mandou,
Nathalia
Eu achei meio palha que tu me negou mais um beijo
Quando eu te pedi um cheiro que valha
Olha que me negar é tua falha
Que eu sei que tu me quer no teu espelho
E eu te quero sob minha telha
Tu me usando de tua malha
Eu te olhando de esguelha
Tu esquecendo minhas falhas
Alho calha bolha folha tralha
Isso tudo rima com teu nome
Mas não rimam com a marca que eu quero deixar hoje a noite no teu cangote
Um cheiro e até mais tarde,
Nathalia!

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Dunas

Por que tu não te deita no meu colo
E me diz que se acaso eu morresse
Tu me seguia pelo céu ou pelo inferno?
Por que tu não diz que não quer 
Que eu não mude nunca
Que eu sou a coisa mais gostosa
Que tu já viu no mundo?
Por que tu não sorri pra mim
E pede pra eu te abraçar pra sempre?
Morena, tu ainda não sabe do gosto delicioso
De uma mentira maliciosa

Por que tu não te deita na areia
Olhando pro mar inverso
Enquanto eu mordo tuas pernas?
Relaxa, morena,
Que tu vai sorrir quando minha barba
Roçar tua flor
Lambendo pétala por pétala
Minha mão coçando teus seios
Célula por célula

O que tem de mais na areia, morena,
Entrando no teu corpo
Junto com meus corpos de cavernas?
Nós viemos d'areia, preta,
Só vou devolvê-la ao teu útero
Junto com o açúcar
Que há de povoar o mundo!

Morde tua boca, morena,
E morde a minha no caminho
Depois vai passear nas dunas
E me deixa um pouco sozinho
Posto que eu sei que tu nunca vai me perdoar
Por te cantar sem nem uma riminha
Tu lá escancarada
Eu, cá, tão moderninho