sábado, 18 de abril de 2015

Gesto

É pra ti que eu escrevo?
Tu, que eu desprezo
Tu, meu rancor?

Pra quem se escreve
Quando não há amor?

Pra ti escrevo e falo
Com pose, gesto, jeito
Ator

Pra mim me calo
Com jeito, pose, gesto
Fingidor por cesto 

Bandeira

Tua bunda é minha bandeira
Que se move por inteira
Com o vento dos meus sonhos

Teu amor é trincheira
Que se chega quando venta
Com o cheiro do teu ânus

Essas bandas que recheiam
O lado esquerdo e o direito
Do meu coração
São a fonte que alimentam
A flor do pensamento
Minha mente em botão