Eu
não uso pena pra escrever
Uso
uma caneta bic, ou o Word
Ou,
se Jah quiser, o iPad que minha tia vai trazer do estrangeiro
Eu
não suspiro à toa
Não
gosto de acertar a métrica dos versos com “Ah!”, “Oh!”, “Ai...”
A
não ser que seja um
“Ah!
Vai te lascar, não aguento mais reclamação”
“Oh!
Será que aquilo é uma cobra? Oh! Oh! Oh, porra, bem ali!”
“Ai...
meu dedo ainda tá doendo da topada que eu levei na envergadura da parede”
Não
conheço donzelas, princesas, damas
Desculpa,
não conheço
Mas
se me pergunta da guria, da morena, da mulher, da minha linda, da galega
Escrevo
muito pra elas!
Se
um olho brilha, não precisa ser como a estrela
O
sorriso não precisa ser claro como o céu
Nem
o coração grande como o mar
Oxi,
o olho brilha, o sorriso é claro e o coração grande tal qual eles mesmos
Por
último, não tomo absinto nem sinto meu peito tísico
Quando
doente, tenho gripe, sinusite, dor de cabeça, uma simples ressaca ou uma
hemorragia hepática
Gosto
muito de cachaça, Skol, Bhrama, Antártica (a original então...), catuaba, tequila,
montila, vinho, ainda ontem arrochei um combo de Orloff com red Bull que
quebrou minha fatura,
Por
isso hoje escrevo sob o efeito de uma singela Bavária e de uma
tosse do cão
Esses versos insatisfeitos com a poesia ornamentada e falsa da minha geração
Esses versos insatisfeitos com a poesia ornamentada e falsa da minha geração
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