Eu não preciso de ninguém
Eu vou só
Que na estrada, pé ante pé,
Fica pó
No rastro
Dó
Fica ré
Estrada sem sol
Eu não preciso de nada
E nem de ninguém
Nesse barco dadá
Escravo que sou
Escravo de Jó
Já não jogo meu coração
Nas presas de iá-iá
Eu nem preciso
De precisão
Manda o olho, a mão,
Nos cortes do pão
Pão de se comer,
Quiçá,
De se partir
Pão de se cheirar
Pão amargo que já foi pão
Mas já não o é.
Jó libertado
Do seu escravo de Jó.
Barco afundado
Por seu próprio canhão.
Eu no caminho
Pé ante pé
Sem rumo
Só
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