sábado, 1 de setembro de 2012

Da Tristeza

A tristeza tem seus sons e tons
Não se há de negar em gênero, grau ou qualidade

Que é um tanto azulada a tristeza
Da saudade;
E o vermelho ardente?
O vermelho sangue, daqueles que escorrem das imagens sacras?
O vermelho da punjança que acompanha a tristeza
Da vingança;
E é cinza por prévia sentença a tristeza
Da indiferença

É do dia quente,  seco e opaco 
O ar parado que não geme nem perturba a audição
Na tristeza indiferente;
É uma brisa que remete ao mar
E que goza nos ouvidos
Os ventos destemidos da tristeza saudosa;
E é um tufão, uma labareda gritando nas orelhas
O gemido insuperável, inabafável da ativa
Tristeza vingativa

Mas antes a vingança em atividade
Que o cinza angustiante da apatia;
Antes o roxo venoso e um tanto venenoso
Que atormenta a flor da idade da saudade
Que a vingaça em si limitada em afasia;
Antes tons coloridos de tristeza
Que semitons por esmola de alegria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário