quinta-feira, 4 de julho de 2013

Era um Soneto

É a primeira vez neste século que assumo
Que já não posso viver tão angustiado.
Pois venho inaugurar este meu novo lado
Que tem Deus por início, por fim e por rumo

Quis assim fazer uma epopéia em dez cantos
Pra louvar o Rei como ao rei louvou Camões.
Quis fazer prosopopéias, odes, canções,
Desses tipos que há tanto tempo fazem tantos

Aí pensei que eu posso ser como o Gregório,
O que fazia a Deus um soneto notório,
Mas em outro dia escrevia à fuleragem

E agora que acabo este segundo terceto
Eu percebo que, de certo, faço um soneto
Mas queria deixá-lo mais à minha imagem:

Foda-se!
  

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