Antes eu
escolhia uma questão
Ou ela
vinha com as próprias pernas,
E o juízo
começava a arrudiá-la.
Primeiro vinham
as conceituações
E o
porque de tratar de tal questão.
Se havia
uma conclusão intermediária,
A dúvida era
como popularizá-la.
Se a discussão
só cabia à academia,
Estava eliminada
da mente, não servia.
Mas o maior
problema era que, no final,
A real
conclusão, bem ou mal,
Se resumia
ao nada, um grande buraco
Semelhante
àquele buraco em que cabe o mundo
E onde
nós caímos por sermos fracos
E não
suportarmos a batida de um touro valente
Irritado devido
à pancada que recebeu
De um
cachimbo de ouro, que, por sua vez,
Cai muito
bem num dia como hoje, de domingo.
Vê que
cada palavra besta de um discurso
É a porta
de uma nova e infinita questão
Que acaba
chegando à conceituação e entendimento do tudo
Se resumindo
a nada.
E cada
nada de conclusão
Parece ser
uma pancada nos nervos.
Imagino que
o córtex cerebral se avermelhe, inflame
Com o
niilismo.
O meu, acho que necrosou,
Pois, à
época da inflamação cortical,
Refletir me
doía, quase me fazia chorar,
Mas hoje,
pois mais que me esforce,
O pensamento
questionador não me adentra a mente.
O nada
pode angustiar,
Pode fazer-nos
xingar para liberar
Esse caralho
de ira.
Pode-nos
querer tornar a vida em nada,
Mas isso
leva a outra discussão circular e infinita,
Que acaba
chegando a porra nenhuma também.
Hahahaha
Pode nos
fazer rir!
A mim,
faz querer viver à parte da discussão,
Da filosofia.
Esse é
meu nada,
A simples
aceitação, que existe a grande custo.
A todo
momento vem o ímpeto do questionamento.
Por exemplo,
me pergunto por que
Não escrevi
esta merda em prosa,
Se é toda
pontuadinha,
Tem métrica
à toa e não mensurada
E nem uma
simples riminha.
Mas, em
vez de chorar, querer morrer ou refazer tudo,
Posso só
dizer:
O rato
roeu o resto de alma que havia em mim
Enfim pedi
penico para o pensamento instável
E parei
para admirar uma simples batata
Que ao
nascer se esparramava pelo chão
Meu coração
dizendo que trabalhar só é horrível
E a mente
dizendo “continue irmão
Que aqui
há mais uma poesia aceitável”
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