Sempre te deixo na beira do meu rastro
Me escondo mas dando pista
Miro a nuca na tua testa
Te faço implícita em minha arte
Piso na lama só pra marcar os
meus passos
Me arrudio de pernas e bundas e
coxas
Que é pra ver se tu te tocas
Que não sou qualquer trouxa
Eu passo na tua frente sem nem
perceber
Feito quem deixa a beira do
queijo de fora do pão sem querer
Sabendo que no fim das contas
Ele vai derreter e se agarrar
nas pontas
De relance eu miro teus olhos
até o limite do sínico
E não baixo a vista até tu
desviar
Como quem enche o copo de
cerveja até o máximo
Desafiando a espuma a extravazar
Apesar do seu grande
conhecimento empírico
Olho tuas pernas com desdém
Que é pra quando elas caírem na
minha cama
Tu não notar que eu sou ninguém
A mais nem a menos que ninguém
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